sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Tunas e Festivais

Os festivais de tunas deviam ser como os concursos de Miss’s. Não estou a dizer que os senhores tunos tinham de usar bikinis nem vestidos de noite, porque isso seria muito, muito assustador (se bem que podemos negociar um desfile de tunos com menos roupa que a habitual). Mas podia haver coroas, menos amaricadas, é certo. Tipo as dos reis.


Depois de todas as actuações, os magiters subiam a palco para saber os resultados, ficavam todos de mãos dadas e a desejar a paz no mundo. Anunciavam-se os vencedores, que vinham receber os prémios a chorar. (os prémios seriam flores e uma faixa, como é obvio, e podíamos criar também novos prémios como a categoria de Tuna Fotogenia)


O magister da melhor tuna recebia um ramo ainda maior de flores e uma coroa, que seria entregue pelo vencedor do ano passado, com dois beijinhos e lágrimas em dobro. Ao fundo, em vez das imagens referentes ao Festival que costumam estar em palco, aparecia o estandarte da tuna em questão, enquanto uma coluna começava a erguer-se do chão, elevando o magister, que agradecia ao público os aplausos.


Tudo isto acompanhado pelos versos “She’s beautiful and grace, She’s Miss United States” (ou outros mais apropriados) e por uma chuva de confettis. (pelo menos o estandarte da tuna da FEP ia sentir-se compreendido).


Digam lá se assim não tinha muito mais classe…

“É preciso ter sonho sempre”

O que é bom passa depressa. O XXI FITU já faz parte do passado. E porquê falar no FITU? Porque a TEUP (Tuna de Engenharia Universidade do Porto) era a campeã em título do Festival.


Mas o importante não é vencer, o importante é criar arrepios em quem ouve, divertir quem pagou para lá estar e fazer sonhar quem vivo por baixo de uma capa igual à que sobe a parco. Então se é preciso ter sonho sempre, mesmo antes do final, a TEUP continuou a ser a vencedora. Tenho quase a certeza que mesmo que a sua prestação no FITU não fosse digna de lembrança, a TEUP continuaria a ser a maior, a vencedora.


Por tudo o que está para trás não é preciso dizer mais do que TEUP para fazer sonhar. E porquê? Não sei, talvez seja como diz a música ‘Olá Tuna’


Cantando baladas

Fazendo noitadas

Serenatas às donzelas

De rosa na mão

Dando o coração e

Fazendo tudo por elas.


Há poucas tunas que façam suspirar ao ouvir o seu nome, por isso, e apesar de todas as decisões de um qualquer júri, parabéns. Parabéns Zé (acho que é esse o nome do magister). Parabéns tunos. Parabéns caloiros. E, em especial, Parabéns Emanuel.