Vamos falar de engenheiros. Nada vos levaria a esperar isso num Blog com este nome. Mas desta vez vamos falar de engenheiros sem todas aquelas máscaras e frases feitas que habitualmente servem muito bem os meus propósitos.
Este post é só uma pequena explicação para quem diz que eu não amo a FEUP. Eu acredito mesmo em tudo aquilo que aqui escrevi e não vejo porque é que as minhas observações têm de ser vistas como críticas. Aquilo que vocês entendem como defeitos foi o que me fez ser uma das criadoras deste Blog e é o que me faz ter sempre tempo (mesmo quando não o tenho) para escrever sobre este mundo de tijolo.
Já o disse noutro lado e não me importo de repetir, hoje, amanhã, sempre que for preciso. Não gosto de coisas ou seres perfeitos. Irritam-me. Tudo o que é perfeito (ou se aproxima da perfeição) é enfadonho. Vejamos o lado bom dos defeitos.
Resolver tudo à pancadaEnquanto formos todos muito civilizados não vamos conseguir dizer aos outros o que não gostamos neles (por educação temos de ser simpáticos). Se formos mais brutos vamos magoar mais as pessoas mas vamos chegar à cama, deitar a cabeça na almofada e dormir muito melhor, porque fomos directos e já não temos assuntos pendentes.
Não ouvir os outrosSim, vamos perder opiniões muito importantes, mas também vamos perder muitas dores de cabeça. Quem é que nunca se chateou com algo que ouviu? E acabamos sempre por aprender com os nossos erros, mesmo quando não ouvimos os outros, e até nos tornamos imunes a influências de terceiros.
Não pensarTodo o ser humano pensa, quer isso nos agrade quer não. Mas há pessoas que pensam mais do que outras, que acabam por ser menos activas do que aquelas que possuem o pensamento que chamamos de “prático”, que estão acostumadas a agir. Por muito boas ideias que se possam ter, são as acções que fazem avançar o mundo.
Falta de sensibilidadeAcreditem que ninguém quer um ser sensível ao seu lado. É muito complicado viver com alguém assim, sempre com medo de o magoar, de esquecer uma data, de dizer uma piada que possa ser mal interpretada… (e a sensibilidade também é algo inerente a todos, pode é variar em quantidade de pessoas para pessoa).
Para finalizar, que o Sol já vai alto, gostava apenas de dizer que considero que o engenheiro, apesar de todos os estereótipos vivos em nós, é capaz de tudo (TUDO mesmo) desde que veja que é preciso. Por isso vamos ter sempre engenheiros românticos, sensíveis, compreensivos, pensantes… (o pacote completo, se é que me entendem) Nem que seja ao derramar de uma lágrima.